Em Viagem, Dia 24 [12-04-2009]
O dia começou cedo, muito cedo aliás. Foi preciso saltar da cama às 5 da manhã para fazer os 300 km que nos separavam de Siem Reap. Os tão esperados templos de Angkor estavam cada vez mais perto...
Zonais rurais do CambojaPelo caminho paramos num local que não sei se classifique de mercado ou de estação de serviço.
De qualquer modo os principais destinatários de tal infraestrutura não eram ocidentais de certeza, e ainda bem!
O belo do ananásAli podemos comprar snacks convencionais (bolachas, batatas fritas, etc), fruta e também os tão apreciados localmente "bug"-snacks. Aranhas, escaravelhos, e outros insectos bem fritos.
Como não queria morrer burro tive de mandar vir uma aranha. As patitas são apetitosas, estaladiças. Diz que a melhor parte é o tronco mas confesso que não tive coragem para tanto.
Vai um snackzinho?Com ela partilhei a minha aranha-snack, chamou-lhe um figo!Chegamos a Siem Reap ainda a tempo do almoço mas os templos ainda tinham de esperar pelo dia seguinte.
A tarde estava reservada para o lago Tonle Sap que, digo-vos, não é menos interessante que Angkor.
Este lago liga-se ao rio Mekong através do rio Tonle Sap. Tem na estação seca uma extensão de 2500 km2 mas na estação das chuvas o Mekong faz o rio Tonle Sap inverter o seu fluxo e o lago enche atingindo uma extensão entre 16000 e 25000 km2. É de grande importância para a economia regional devido à abundância da pesca e à fertilidade dos campos que o circundam.
Miúdos jogam à bola na beira do lagoMais de 3 milhões de pessoas habitam na região do lago mas o mais surpreendente são as cerca de 170 aldeias flutuantes que lá existem.
Fomos visitar uma dessas aldeias e sinceramente fiquei de queixo caído. Não esperava de maneira nenhuma encontrar algo assim. Uma imensidão de casas que flutuam à tona de água e que se estendem pelas águas calmas do lago. Aldeias onde os caminhos são de água e o meio de transporte é o barco.
É um modo de vida completamente diferente do que ja tinha visto mas que acarreta um drama social pois as famílias são muito pobres, os serviços públicos estão bastante distantes e todos os anos morrem muitas pessoas com malária ou dengue.
Aldeia flutuante no lago Tonle Sap