segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Encontros e Despedidas

Em Viagem, Dias 37 e 38 [25 e 26-04-2009]

Ao 28º dia, em viagem há quase um mês, este era o dia em que estava definido dizer adeus aos meus companheiros de viagem e dar inicio a uma série de viagens para regressar a casa.
Começou em Vientiane no Laos: Eu (Portugal), o Don (EUA), o Ken (Nova Zelandia) e a Julia e a Olivia (Inglaterra). Uma semana depois chegavamos a Hanoi onde se nos juntaram mais 15 pessoas. Em Chu Chi dissemos adeus a 7 deles, que voltariam mais cedo a casa enquanto nós, os restantes 12, nos faziamos à estrada em direção a Bavet (Camboja).
Eu ficaria mais uma semana onde me cruzei com mais locais e outros viajantes.
Uma série continua de encontros e depedidas, assim é uma viagem. Todos os dias conhecemos lugares, pessoas, hábitos e culturas novas e todos os dias também temos de dizer adeus a algo ou alguém. Alguns marcam-nos mais outros menos, mas quando marcam marcam mesmo e a despedida custa sempre.
Como bom Português, compatriota dessa palavra tão nossa: "saudade", confesso que não é fácil ter de deixar para trás um lugar pelo qual nos apaixonamos, uma pessoa com quem temos algo a aprender, ou alguém a quem já chamamos amigo seja local ou turista como nós, consciente que um reencontro no futuro não será muito provavel. Até mesmo os episódios menos agradáveis são relembrados no futuro com um sorriso nos lábios.

Foi por isso que, no regresso a casa, apertavam mais as saudades daquele mundo de onde tinha acabado de sair do que daquele para onde regressava, onde sempre estive e para onde sempre poderei voltar.

E quando me perguntam como me senti depois de regressar de uma viagem de tão fortes emoções? Apetece-me citar a frase mais estampada em t-shirts no Sudoeste Asiático: "Same Same, But Different".

Ao 37º dia saí de Bangkok e cheguei a casa mais de 50 horas depois. Era altura do adeus final, mas eu não gosto dessa palavra prefiro um "até já". É que tenho a certeza que vou voltar!

Lazer em Bangkok

Em Viagem, Dias 35 a 36 [23 a 24-04-2009]

Era para ter vindo mais cedo para "a cidade que fervilha como a comida num wok", Krung Thep Mahanakhon, ou seja, Bangkok.
Mas o Laos pediu-me que ficasse até ao limite :) e o tempo que sobrou para Bangkok foi pouco.
Esse foi gasto em lazer: descanso, compras e partying. É que a noite em Bangkok é muito quente... ha ha ha...

Sobre a viagem Vientiane-Bangkok deixo uma dica. É possível fazer esta viagem de autocarro ou autocarro+comboio mas para os mais comodistas ou que tenham menos tempo disponivel o avião é a opção.
Há algumas companhias que voam directo entre as duas capitais como a Thai Airways, Lao Airlines ou a Bangkok Airlines.
A alternativa mais económica é viajar de autocarro entre Vientiane e Udon Thani (Tailandia), atravessando a ponte da amizade e a fronteira por via terrestre. Essa viagem demora cerca de 2 horas.
Entre Udon Thani e Bangkok existem 2 ou 3 voos diários (em cada sentido) pela Air Asia (low cost).

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Vientiane

Em Viagem, Dias 3 a 4 [22 a 23-03-2009] e 32 a 35 [20 a 23-04-2009]

Vientiane, a capital do Laos.


Neste link podem ver algumas fotos de Vientiane:


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Luang Prabang

Em Viagem, Dias 7 a 10 [26 a 29-03-2009] e 29 a 32 [17 a 20-04-2009]

Numa península entre os rios Mekong e Nam Som fica a bela cidade de Luang Prabang.
É a segunda cidade do Laos e antiga capital. Esta cidade é bastante pequena, muito calma e exibe um charme subtil desconcertante. O que lhe dá esse charme? Não sei, talvez os inúmeros templos budistas e monges vestidos de laranja que vemos por todo o lado, os pequenos edificios de estilo francês, a simpatia das pessoas, a sua simplicidade, a sua serenidade, os dois rios que a abraçam ou as paisagens lindissimas que a rodeiam. Sei é que é um lugar apaixonante ao qual ninguém fica indiferente.
A cidade é toda ela património da humanidade.


Neste link podem ver algumas das minhas fotos de Luang Prabang:


Uma extensãozinha nas férias...

Em Viagem, Dia 28 [16-04-2009]

Em viagem há quase um mês este era o dia em que estava pré-definido dizer adeus e dar inicio a uma série de viagens para regressar a casa.
Mas eu queira ficar, e já que não podia ser mais tempo consegui extender em alguns dias as férias do emprego e adiar o regresso por uma semana.
Assim, neste dia havia de voltar a Bangkok só que não era para seguir para a Europa mas sim para ir ao Laos.
Estando a precisar de uma semana para descansar e sendo a vontade de voltar ao Laos mais que muita decidi faze-lo já. E que sitio melhor no mundo para relaxar que um País onde parece que o tempo pára?
Assim o fiz. A última semana seria repartida entre Luang Prabang e Vientiane.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Tiếng Việt

Tailandia, Laos, Camboja, Birmânia todos têm uma lingua e alfabeto próprios.

As linguas da Tailandia, Laos e Birmânia são tonais (o Khmer do Camboja é excepção) e os simbolos do alfabeto representam as suas consoantes e vogais e o tom com que é entoado (alto, baixo, em subida ou descida).

O caso do Vientname é ligueiramente diferente, a lingua é própria - Tiếng Việt - e tonal mas não tem um alfabeto próprio. Sendo uma lingua com muitas parecenças com o Cantonês da China, antigamente o Vietnamita usava para escrita os símbolos chineses. No entanto, no séc. XVII, a presença de missionários e comerciantes Portugueses influênciou e alterou radicalmente o sistema de escrita. Criou-se assim o sistema Chữ Quốc Ngữ baseado no alfabeto latino, mais concretamente na versão Portuguesa, com adição de alguns dígrafos e mais alguns acentos que permitiram criar novos sons e indicar o tom de cada palavra.

Thai:

Lao:

Khmer:

Burmese:


Tiếng Việt: Cộng hòa xã hội chủ nghĩa Việt Nam

É assim mais uma marca Portuguesa na cultura oriental...

Motola the 48-year-old elephant, walks with her artificial leg

LAMPANG, Thailand — Motola, an elephant who lost a foot and part of her leg when she stepped on a land mine 10 years ago, happily if tentatively stepped out Sunday after being fitted with an artificial limb.

In her first stroll with the permanent prosthesis, the 48-year-old female walked out of her enclosure for about 10 minutes, grabbed some dust with her trunk and jubilantly sprayed it in the air.

"It has gone very well — she has walked around twice," said Soraida Salwala, secretary general of the Friends of the Asian Elephant, a private group. "She has not put her whole weight on it yet but she's OK."

Motola was injured in 1999 while working at a logging camp near the Myanmar border, a region peppered with land mines after a half-century of insurgency. Her mangled left front foot was subsequently amputated.

(...)

in LA Times

Motala walks on her new prosthetic leg..8/16/09

A história completa da Motola: http://animom.tripod.com/motala.html


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Os primeiros a chegar a Angkor Wat

Corre no ocidente a versão francesa de que Angkor Wat esteve abandonado e mesmo esquecido durante séculos e que foi re-descoberto por volta de 1860 pelo explorador Francês Henri Mahout.
No entanto, a versão oficial Cambojana é bem diferente. Angkor Wat, apesar do seu declínio nunca foi completamente abandonado e continuou a ser frequentado e tratado pelo seu povo apesar, obviamente, de o ser numa escala muito inferior à época em que esteve no seu apogeu.
Também nos é dito que os primeiros Europeus a conhecer Angkor Wat não foram os Franceses no séc. XIX, por intermédio de Francês Henri Mahout, mas sim missionários Portugueses no séc. XIV.
O primeiro Europeu terá sido António da Madalena que chegou a Angkor Wat em 1586.
António terá descrito o templo como "uma construção de tal modo extraordinária que não é possível descreve-la por escrito, especialmente é diferente de qualquer outro edifício no mundo. Possui torres, decoração e todos os refinamentos que o génio humano pode conceber".



Para os mais interessados, a revista National Geographic de Julho publicou um artigo e dvd sobre Angkor, a sua história, a descrição da obra notável de engenharia que é e os seus mistérios sobre os quais ainda hoje ninguém tem resposta.

@indochina-mon-amour.blogspot.com

domingo, 16 de agosto de 2009

Templos de Angkor - Angkor Wat

Em Viagem, Dia 27 [15-04-2009]

Finalmente Angkor Wat...
Uma palavra: impressionante! Ou várias: imponente, glorioso, majestoso, fabuloso... enfim, acho que não há palavras para descrever o que se sente ao estar frente a frente com este colosso.
É um sonho tornado realidade, um misto de magia. É perder o chão, sentirmo-nos minúsculos face ao que aquele templo representa e ao mesmo tempo tão grandes por termos conseguido chegar até ele.

O dia começou bem cedo. Melhor dizendo começou de noite... Levantamo-nos de madrugada e apanhamos uma tuk-tuk para chegar a Angkor Wat ainda antes do sol nascer e podermos captar esse momento. O ceu estava um pouco encoberto, o que é normal na estação seca, mas o espectáculo não deixou de ser marcante. O sol foi subindo, o céu iluminando-se e o grande templo foi-se mostrando ao pouco e timidamente saiu da escuridão.
Digo-vos que esta é a melhor altura para visitar o templo. Apesar de muita gente aqui vir ver o nascer do sol o número de visitantes não se compara com as enchentes que ocorrem quando o sol já vai alto. Além disso o calor ainda não é tão forte.








De qualquer modo, voltamos mais tarde e, fruto de estarmos a atravessar o ano novo khmer, a enchente era enorme. Não de turistas, havia poucos pois esta é coincidentemente a época baixa, mas de locais que se deslocam com as familias inteiras em romaria aos maiores templos. Sobretudo a Angkor Wat que é o verdadeiro orgulho nacional. Não há Cambojano nenhum com quem tenha falado que não fale de Angkor Wat com grande orgulho e emoção.






Explorei Angkor Wat pelos vários angulos, caminhei em todo o seu redor e percorri os seus infindáveis corredores tanto quanto era possivel pois algumas partes estão já vedadas ao público, como é o caso de subir às torres.
Mas a imagem mais fascinante de Angkor Wat é a que se tem do seu exterior. Olhar de frente para este templo é uma experiencia absolutamente hipnotizante. Assim, depois te tanto caminhar, decidi que o melhor que tinha a fazer era simplesmente comtempla-lo.
E assim o fiz, sentado na margem do lago acompanhado de uma bela Angkor Beer.


















E na hora de ir embora, à medida que caminhava em direcção ao exterior, sentia um impulso constante de olhar para trás. Deitar-lhe um ultimo olhar vezes e vezes repetidas sentindo já uma grande nostalgia por deixar aquele lugar.






@indochina-mon-amour.blogspot.com