segunda-feira, 30 de março de 2009

"Pop Gan Mai" Laos

Em Viagem, Dias 5 a 10
"Ate breve" Laos!
Já estou no Vietname (desde ontem ao fim da tarde) e aproveito agora para escrever um pouco sobre o Laos. Não é que não houvesse locais onde aceder a internet no Laos, há e bastantes. Não escrevi antes simplesmente porque estive demasiado ocupado a tentar absorver o máximo que pude deste Pais fantástico onde se transpira serenidade.

Depois de Vientiane fui para Vang Vieng que balança entre o melhor e o "pior".
O melhor são as paisagens deslumbrantes, a vegetação luxuriante, as montanhas que se vêem ao espelho no Rio Nam Song.
O pior e que o centro deste pequena cidade (vila/aldeia nos padrões europeus) se tornou um ponto de paragem obrigatório dos backpackers uma vez que fica no caminho entre as duas maiores cidades: Vientiane e Luang Prabang.
Digo "pior" porque ruas apinhadas de "falangs" (estrangeiros), que vem à procura das belas paisagens mas também de diversão, bares cheios de luzes e musica aos berros não era propriamente o que eu esperava encontrar por estes lados... Talvez noutro lugar até achasse piada...


Vang Vieng

De qualquer modo é sempre possível evitar essa parte. Para alem de admirar as paisagens, trekking, andar de barco ou kayak, uma das actividades que aqui se pode fazer e que é muito popular é o "tubbing". Consiste em descer o rio sentado numa câmara de ar de um pneu de camião e ir parando nos bares que rodeiam as margens de um segmento do rio.


Vila a caminho de Luang Prabang


Depois segui para Luang Prabang, antiga capital do Laos. Cidade lindíssima, toda ela património da Humanidade. As suas ruas combinam o estilo tradicional Lao com edifícios de arquitectura colonial Francesa.


Luang Prabang

A cidade é pequena e muito pacata. Os bares fecham o mais tardar as 23h30 porque a cidade deita-se e levanta-se cedo para fazer as oferendas aos monges assim que o dia rompe.
A não perder: as marginais do rio Mekong e Nam Kanh, as grutas Pak Ou, os templos lindíssimos, os cafés e restaurantes French-style, as quedas de agua de Kuang Si e, o mais importante, nao esquecer de absorver o ritmo calmo e relaxado da cidade.


Kuang Si

E do Laos foi só isto. Não imaginam a inveja que sinto dos backpackers que fui conhecendo que me diziam que passavam ali duas a quatro semanas...

Laos, um pais a revisitar, com toda a calma que exige e merece!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Vang Vieng



Se eu necessitava de mil palavras para descrever esta imagem precisaria de um milhão mais para descrever o que se sente num sitio destes.

In Laos be Lao

Em Viagem, Dias 2 a 5
Como podem ver Vientiane é uma capital muito pacata. Existem de facto muito poucos edifícios com mais de 3 andares e a definição de engarrafamento e uma fila de 3 carros.
A cidade é bastante interessante e tem imensos templos, bastante interessantes. A temperatura de 38 graus e que não ajudou muito.


Patuxai (Arco do Triunfo Lao) e Vista do topo


Rua de Vientiane


Wat Sisaket


Wat Phra Keo


Stupa Tat Luang

O que mais me agradou, e já deixou saudades, foi o contacto com os locais, que e muito mais fácil do que na Tailândia apinhada de turistas.
Desde a conversa que tive com o Somsy, um monge noviço, sobre futebol e as diferenças e semelhanças entre Tailandeses-Laos e Portugueses-Espanhóis. E ainda a noite de copos e Karaoke (quase só musicas em Lao e Thai) que passei com um grupo de cá.



Marcante, também, a viagem para Vang Vieng. O Laos e quase todo rural e no caminho tivemos oportunidade de contactar com essa realidade visitando 2 localidades.
A simpatia, simplicidade e pureza das pessoas e especialmente a inocência das crianças é encantadora.


Para dar Sinais de Vida...

Ola!
Não tenho tido propriamente muito tempo para vir à internet e agora vim de fugida.
Estou a escrever só para dar sinais de vida.
Praticamente nem precisava de dizer nada pois o texto anterior descreve tudo, o que se sente e um misto muito grande de emoções.
Começou em Bangkok de Sábado para Domingo para fazer a ligação do voo para Vientiane. É terrível estar fechado 4 horas naquele aeroporto gigante e não se poder sair sabendo o que esta la fora - uma cidade que fervilha!
Depois, cheguei a Vientiane - capital do Laos - no Domingo e ontem vim para Vang Vieng.
O Laos e realmente apaixonante. De tal forma que ao 3º ou 4º dia ja dei por mim a procurar no Lonely Planet a procurar dados sobre viagens, para cá voltar. Voltar e desfrutar com toda a calma que se impõe.

Vou ver se mando umas fotos em breve e peco desculpa pela falta de acentos mas estes teclados não são fáceis :)

E agora, peco desculpa, não vou perder mais tempo com estas modernices.
Espera-me um dia em cheio em Vang Vieng...
Ate já.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Um misto de emoções

Partilho convosco este texto que me foi enviado por uma leitora do meu blog.
Quem me dera saber escrever assim :)

«Segundo a tão sábia tradição chinesa, tudo tem um lado ying e um lado yang. Representam a dualidade, o verso e o reverso, o preto e o branco…E é do equilíbrio dinâmico entre o ying e o yang que surge a mudança, aquilo que faz mover o mundo. Dois elementos opostos, que se tornam mais fortes juntos…

Também numa viagem, o mesmo se passa. Não há verso sem reverso… Numa viagem, despertamos de novo, mergulhamos em sentimentos tão fortes que se tornam incontroláveis, avassaladores. A magia do desconhecido seduz-nos e transforma-nos. E vamos desvendando os segredos de cada cultura única, que nos toca profundamente como se fizesse parte de nós desde sempre. Sentimos, experimentamos, vivemos aquilo a que nos propomos. Testemunhamos a força e o mistério da diversidade do mundo, do qual fazemos parte, mas insistimos frequentemente em esquecer…Descobrimos formas diferentes de viver. O que nos faz pensar e repensar os nossos valores. E duvidar das nossas certezas. Então, conseguimos chegar ainda mais longe, onde só chega quem não tem medo de se perder… Sentimos intensamente aquilo que nem imaginávamos que existisse. Morremos e nascemos de novo…

Mas numa viagem, há também momentos menos encantadores…O lado Yang (ou Ying, não sei bem!). De tudo, talvez o mais difícil seja a saudade. Não do que fica quando partimos…porque de novo nos espera, de forma quase intocável quando voltarmos… mas do que vai ficando para trás, em cada paragem que fazemos. Um vazio que não se preenche. Estar sempre a dizer adeus... Aos locais que nos marcam. E às marcas que vamos deixando! Aos aromas, cores e sabores. Ao sorriso de alguém que passa por nós naquela rua… Aos olhares partilhados que escondem a magia de empatias que não se explicam. Aos momentos que nos fazem perder o chão! E tudo isto…sem a certeza de um dia poder voltar…

Resta-nos aquilo que nos torna únicos, especiais, incomparáveis. A força da nossa memória. O poder que cada vivência têm, de nos enriquecer mais um pouco. Do que passou a fazer parte de nós, mesmo sem darmos conta disso. Porque isso sim, é eterno. E são estas as mais puras e autênticas marcas da nossa vida. Aquelas que ficam em nós, quando todas as outras desaparecem...»

Desafio do dia

Para quem gosta de equações difíceis: conseguir meter tudo o que se quer levar numa mala suficientemente pequena para não se ser confundido com a Paris Hilton e com peso máximo de 15Kg...

quarta-feira, 18 de março de 2009

Vais passar tanta fominha...

Se há coisa que me têm dito estes dias é "tu come bem enquanto cá estás", "leva uns enlatados" e "vais passar tanta fominha".
Pois se há coisa que não me preocupa é a alimentação. Depois da cozinha Tailandesa que me deixou completamente fã, não espero ser defraudado pelas riquíssimas cozinhas do Sudoeste Asiático.
Aproveitei para ir fazer uma consulta à Wikipédia para vos deixar algumas dicas do que se come por lá.
A prova dos 9 está prestes a começar...



No Laos a base da refeição é o 'sticky rice'.
Alguns temperos importantes são o molho de peixe, galagal, lima kaffir, shalotas, erva limeira, tamarindo, coentros, gengibre, bamboo, hortelã, limas, tomates, etc...
Os pratos incluem grande variedade de legumes e vegetais frescos.
Alguns pratos característicos são:
'laap': spicy meat salad
'tam mak hung': green papaya salad
'soup noh may': green bamboo stew
'soup phak': vegetable salad
'nam khao': fried rice ball salad and lettuce wraps
'keng noh mai som': sour bamboo shoot soup
'ping sin': dry grilled beef
http://en.wikipedia.org/wiki/Laotian_cuisine



No Vietname uma refeição familiar típica inclui:
- taças individuais de arroz
- carne/peixe/marisco grelhado, cozinho, ao vapor ou stir-fried, normalmente com vegetais
- vegetais stir-fried, crus ou ao vapor
- sopa com legumes e carne ou marisco
- molho de peixe ou soja para acompanhar
A cozinha é muito variada e, dadas as dimensões do país, muito diferente conforme a região: norte, centro ou sul.
A variedade é tão grande que nem me atrevo a fazer mais desenvolvimentos, para isso é ver na Wikipédia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Vietnamese_cuisine



A cozinha do Camboja inclui frutos tropicais, arroz, massas e várias sopas.
O arroz aromático é a base da alimentação, para além deste também é usado o arroz glutinoso sobretudo para acompanhar frutas e sobremesas.
Os ingredientes principais são o molho de peixe, pasta de camarão, leite de coco e as especiarias como as malaguetas, gengibre, galagal, lima kaffir, erva limeira, kroeung (misturas de especiarias como cardamomo, estrela de aniz, cravinho, canela, gengibre noz moscada, etc).
Também são usados muitos vegetais e variados, carnes e noodles (massas).
As frutas mais populares são o mangostão (fruto fantástico!) e durian, para além do coco, ananás, rambutans, melancia, jaca, banana, manga, etc...
As refeições normalmente ingluem 3 a 4 pratos diferentes com sabores entre o doce, salgado, acido ou amargo.
http://en.wikipedia.org/wiki/Cambodian_cuisine



Isto promete...
Fome não vou passar de certeza!
Preocupa-me mais o contrário, ou seja, vir de lá a rebolar...
:)

domingo, 15 de março de 2009

Ufffff......

As duas últimas semanas foram muito stressantes.
Um exame de certificação Cisco para fazer (o segundo num mês), o trabalho e as suas dores de cabeça e o nervoso crescente do aproximar da viagem.
Stress, essa coisa terrível que inventaram no hemisfério norte...
O que me dá alento é saber que em breve estarei numa zona do planeta onde isso não existe.

Espero conseguir entrar rapidamente no espírito Laos, ou seja, relax total!!!

Traduzindo rapidamente um excerto do Lonely Planet temos assim:
"Se os Tailandeses, Vietnamitas e Laos fossem condutores de tuk-tuk, os Tailandeses fariam um desvio por uma loja de seda, os Vietnamitas quase vos passavam por cima para que os escolhessem. Quanto aos do Laos, quase teriam de os acordar e convence-los para que vos levarem."
:D

Duma maneira ou de outra, tá quase...
Aos amigos: Obrigado pelo apoio e paciência!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Reino do Cambodja

O Cambodja tem actualmente cerca de 14 milhões de habitantes e uma área de 181.035 km2 (1,4 vezes o tamanho de Portugal).
A capital é Phnom Penh, onde habitam 1,3 milhões de pessoas.

O Camboja fica situado na fértil bacia do Rio Mekong e é coberto por florestas tropicais e cortado por três grandes cadeias de montanhas. Está limitado a norte pelo Laos, a este e sudeste pelo Vietname, a oeste e noroeste pela Tailândia e a sul-sudoeste pelo Golfo da Tailândia.



É a nação do povo Khmer. 90% dos Cambojanos são desta etnia, que também está bastante presente em zonas adjacentes na Tailândia e na área do delta do Mekong no Vietname.
A maioria dos Khmer são seguidores do 'Budismo estilo Khmer'. Trata-se de um cruzamento de Budismo Therevada com Hinduísmo, animismo e adoração de espíritos.



Este povo estabeleceu-se no Sudoeste Asiático há mais de 3000 anos e a sua história está intrinsecamente associada à do Cambodja. Os Khmer foram bastante influenciados pela cultura Indiana, trazida por comerciantes e mestres, tendo adoptado religiões, ciências e costumes.
Adquiriram o conceito de Rei-Deus e os grandes templos simbolizavam uma montanha sagrada. Apesar do desaparecimento dos reinos Khmer, ainda são identificáveis muitos dos seus templos característicos nos territórios do Cambodja, Tailândia e Vietname. O mais importante deles é Angkor Wat.



Com a difusão do Budismo pelos seguidores de Buda os Khmer, que inicialmente se regiam pelo Hinduísmo, passaram a adoptar o Budismo Therevada. Daí que o resultado tenha sido uma mistura de religiões e nos templos se encontrem símbolos de uma e de outra.
O período áureo desta civilização ocorreu no século XII, altura em que foi construído Angkor. Contudo, o declínio começa nos séculos XIII e XIV com sucessivos conflitos com os poderosos reinos Tailandeses de Sukhothai e Ayuthaya.



A continuada agressividade de Siameses e Vietnamitas leva a que em meados do século XIX o Camboja peça ajuda à França e passe a ser seu protectorado. Uns anos mais tarde, juntamente com o Laos e Vietname do Sul viriam a constituir a Indochina Francesa.
A partir da Segunda Guerra Mundial a situação politica torna-se caótica.
Em 1949 o Rei Norodom Sihanouk proclama a independência, que lhe vira a ser concedida pela França.
Em 1970, enquanto Sihanouk viajava no estrangeiro, seu primeiro-ministro, o Marechal Lon Nol, protagoniza um golpe de Estado e estabelece a Républica Khmer.
Em 1975, os Khmer Rouge, liderados por Pol Pot, conquistam o poder pela força. Instituem um regime genocida que destruiu praticamente a população, a saúde, a moral, a educação, o meio ambiente e a cultura.
Em 1979 forças Vietnamitas invadem o país e retiram o Khmer Rouge do poder.
Passam-se mais de dez anos de reconstrução penosa, quase sem ajudas externas, até que em 1992 a ONU intervêm criando condições para eleições.
Forma-se um novo governo e o Rei Sihanouk regressa ao poder.
No entanto, os Khmer Rouge não estavam controlados e continuaram a dominar algumas regiões até ao final dos anos 90, altura em que se renderam às forças governamentais em troca de amnistias.
O país é uma monarquia constitucional desde 1993.



O Camboja é um país predominantemente agrícola, com pouca industrialização, e baixos rendimentos. O principal produto agrícola é o arroz. O cultivo é praticado em vales fluviais, com intenso uso de mão-de-obra e aproveitamento do solo.

Outros produtos agrícolas importantes são: borracha, café, cana-de-açúcar, chá e pimenta-do-reino. Todos esse produtos são voltados principalmente para a exportação.



Dois locais estão classificados como património da Humanidade: Angkor e o Templo de Preah Vihear.

sábado, 7 de março de 2009

República Socialista do Vietname

A República Socialista do Vientname tem 331,689 km² e 84 milhões de habitantes, sendo o 13º País mais povoado do Mundo.



Faz fronteira com China a norte, com o Laos a oeste-norte e com o Cambodja a oeste-sul. O este e sul do País são banhados pelo Mar da China Meridional. As cidades mais importantes são Hanói, a capital fica localizada no norte e tem 2,6 milhões de habitantes, e Ho Chi Minh, antigamente denominada Saigão quando era capital do Vietname do Sul tem quase 6 milhões de habitantes.



Durante mais de mil anos, esta região foi dominada por sucessivas dinastias do império chinês, mas em 938 tornou-se independente e estabeleceu a dinastia Ngô.
Sucederam-se várias dinastias e também expansões de território até que em meados do século XIX, após várias batalhas, a França conseguiu conquistar o país tornando-o parte da Indochina Francesa.
A França manteve o controlo até à Segunda Guerra Mundial. Nessa altura os Japoneses iniciaram a Guerra no Pacífico, invadindo e conquistando a Indochina Francesa em 1941.

Nesse ano surge o movimento comunista e nacionalista de libertação Viet Minh, liderado por Ho Chi Minh, que procurava a independência e libertar-se das ocupações Francesa e Japonesa.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial os Viet Minh conquistam Hanoi, no norte. A França tentou restabelecer o controle, mas não conseguiu.
Os franceses foram derrotados na Batalha de Dien Bien Phu, após oito anos de luta armada, em 1954 na primeira guerra da Indochina, mesmo com ajuda dos EUA, mas na Conferência de Genebra o Vietname foi dividido em dois países separados: Vietname do Norte, liderado por Ho Chi Minh, e Vietname do Sul, que viria a ser presidido por Ngo Dinh Diem.
Durante a Guerra Fria, o Norte tinha o apoio da China e da União Soviética, enquanto o Sul tinha o apoio EUA. Entretanto, no Sul, formam-se os Vietcong - frente de libertação do sul - que, com o apoio do Vietname do Norte, tentam derrubar o governo de Ngo Dinh Diem, que apelidavam de regime colonial disfarçado.
Isto deu origem à Guerra do Vietname, que os americanos foram obrigados a abandonar em Março de 1973. Algumas batalhas ainda ocorreram até que em 1975 a cidade de Saigão, capital do Vietname do Sul, foi finalmente tomada ficando sob controle do Vietname do Norte.
Em Julho de 1976, a República do Vietname do Sul e a República Democrática do Vietname (Vietname do Norte) reunificavam-se na República Socialista do Vietname.

Actualmente o Vietname pernamece um país comunista.

Entre os países do Sudeste Asiático, o Vietname foi aquele que atingiu a independência política com maiores dificuldades. A sucessão de guerras deixou elevados custos sociais, ambientais e económicos. O Vietname é ainda um país pobre, no entanto actualmente a sua economia foi uma das que cresceu a ritmo mais elevado na Ásia nos últimos 15 anos.

O Vietname é um país longo e estreito que ocupa a costa oriental da península da Indochina. O clima de monções é quente e chuvoso. Predominam as florestas tropicais e a rede hidrográfica é muito rica. A parte norte é mais elevada. Há dois deltas importantes, o do Rio Song Koi, ao norte e do Rio Mekong, ao sul. A agricultura ocupa a maioria da população, sendo o arroz o principal produto.



Tem vários locais classificados como Património da Humanidade: a Baía de Halong, o Parque Nacinal Phong Nha-Ke Bang, a cidade antiga de Hoi An, o complexo de monumentos de Hué e o santuário de My Son. Tem também 6 Reservas Mundiais da Biosfera: Floresta de Can Gio, Cat Tien, Cat Ba, Kien Giang, Nghe An e o Delta do Rio Vermelho.



A população concentra-se sobretudo nos deltas fluviais e zonas costeiras. A etnia principal é a "Kinh", também conhecida por "Viet" mas existem mais 54 etnias minoritárias espalhadas pelo país, 40 delas vivem em tribos.



A vida e cultura foram marcadas pelo Budismo, Taoismo e Confucionismo. O Budismo, nas formas Therevada, Mahayana e Zen é a religião predominante, exercendo uma influência de 85%. A segunda religião, com 8%, é o Catolicismo levado pelos Portugueses no século 15 e aprofundado mais tarde pelos Holandeses e Franceses.

Outro dos pontos fortes é a culinária que usa pouco óleo e muitos vegetais. Os ingredientes base são o arroz, molho de soja e molho de peixe e os tamperos o açucar, malaguetas, lima, molho de peixe, hortelã e manjericão.

quinta-feira, 5 de março de 2009

República Democrática Popular do Laos

O Laos tem 6,6 milhões de habitantes e uma área de 236.800 km² (quase 2,7 vezes Portugal).
Não tem ligações ao mar sendo rodeado pela China a norte, Birmânia a noroeste, Tailândia a oeste, Vietname a este e Cambodja a sul.



A região que hoje é o Laos foi dominada pelo reino Nanzhao até o século XIV, sucedido pelo reino local de Lan Xang. A capital era Luang Prabang. No século XVIII o reino do Sião (Tailândia) assumiu o controle da região. Mais tarde, no século XIX, a França que já dominava o Vietname, assume também o protectorado do Laos, formando assim a Indochina Francesa. A capital passa a ser Vientiane, cidade junto à fronteira com a Tailândia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão teve uma breve ocupação do Laos. No entanto em 1945, com o fim da guerra, o Laos proclama a sua independência sob a liderança do rei Sisavang Vong. Contudo, a França só aceitaria a independência mais tarde e torna-se uma Monarquia Constitucional em 1954.
A França continua a apoiar o Exercito Real do Laos mas seria substituída pelos Estados Unidos da América. Os EUA entram como parte do seu plano de "contenção" do comunismo, lutando contra o movimento comunista emergente Pathet Lao.



O Laos ver-se-ia arrastado para a Guerra do Vietname. Partes do País foram ocupadas pelo exército do Vietname do Norte que usava o território para esconderijos, treino e rotas para a guerra no sul do Vietname.
Em resposta os EUA deram apoio a milícias anti-comunistas no Laos e apoiaram a invasão do Laos pelos Vietnamitas do sul.

A instabilidade política na região causada pela Guerra causa uma guerra civil e diversos golpes de estado. Em 1975 é proclamada a República e instalado o governo comunista Pathet Lao apoiado pela República Socialista do Vietname e pela União Soviética destronando o governo do rei Savang Vatthana, apoiado pela França e pelos Estados Unidos.
A resposta dos EUA durante a guerra civil foi: bombardear. Levaram a cabo bombardeamentos aéreos massivos trazendo para o Laos o registo do País mais bombardeado de sempre com 260 mil bombas e uma média de uma B-52 a cada 8 minutos, 24 horas por dia, entre 1964 e 1973.
Como resultado muitas pessoas perderam a vida. Ainda hoje ocorrem consequências destas bombas uma vez que muitas repousam ainda por explodir.

O governo do Pathet Lao renomeou o País para "República Democrática Popular do Laos".



É o País mais pobre do SE Asiático. A actividade económica baseia-se enormemente de sua agricultura e sobretudo no cultivo de arroz.
As ligações rodoviárias ligam apenas os maiores centros urbanos e as vilas ligam-se a estas vias por estradas em terra. Outras importantes vias de comunicação são os rios.
A grande maioria da população vive em zonas rurais.
As principais cidades são a capital Vientiane (200 mil habitantes), Luang Prabang (100 mil) e Savannakhet (120 mil).



É o País menos desenvolvido da região mas, aparentemente, isso não é causa de grande preocupação. Os habitantes são reconhecidos pela sua forma descontraída de viver a vida e também pela sua simpatia.
O Laos é calmo e pacífico, o ideal para umas férias relaxantes.
A religião predominante é o Budismo Therevada.



Existem 2 locais classificados como Património da Humanidade: a cidade de Luang Prabang e o templo Khmer de Wat Phou.
O governo vai propor o mesmo estatuto para as Planícies de Jarros, com jarros do período megalítico.