quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Russian market

Russian market em Phnom Penh.

Em tamanho fica um pouco aquem do Chatuchak (Bangkok) mas em diversidade nao creio. É possivel comprar qualquer tipo de peça de roupa, calçado, chapeus, livros, souvenirs, sacos e mochilas, falsificacoes de marcas e de notas de 100 dolares, peças de bicicletas e motos (desde o pneu ao motor, amortecedores ou componentes electricos), tintas, ferragens, frutas e legumes, carne e peixe, artigos decorativos, estatuetas e pinturas, louças e acessorios de cozinha, brinquedos, walkie-talkies, telemoveis, play-stations, DVD's, oculos de sol, bijuteria, etc...

Há ainda restaurantes, cabeleireiros, retrosarias...

 

 

Um maço de notas de 100 dolares custa apenas 0,5$ !!!

 

Weird things

Um parque de diversoes fechado e parado mas musica techno a bombar como se houvesse uma rave.
Podia parecer estranho mas como estamos na Asia...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Distribuir sorrisos em Kratie

Em Viagem, Asia 2012-13/Semana 16

Tinha que ser, tinha mesmo de sair do Laos e seguir viagem. É dificil abandonar as Si Pan Don (4000 Islands) mas tinha de ser, já estava a ver o calendário muito apertado.
Barco de Don Det para Makasan e depois aparente confusão do costume. Entregamos os formularios de visto para o Camboja com o passaporte e dinheiro a um tipo que desaparece, após alguma espera aparecem umas mini-vans que nos levam até à fronteira. Atravessamos a pé e ficamos uma eternidade à espera na “terra de ninguém”.
Mesmo não sabendo onde raio está o meu passaporte e que o bilhete de autocarro seja um papelito com uns rabiscos as coisas acabam sempre por funcionar e não vale a pena stressar estamos no Laos P.D.R. por isso “Please Don’t Rush”. Aliás é assim em todo o SE Asiático (Singapura não conta)...
Mesmo sem saber porque esperamos horas na fronteira os passaportes aparecem com o visto e o autocarro lá acaba por partir.
Em Stung Treng pára pelo menos mais meia hora porque não sei quem queria mudar o destino e teve de ser levado de mota a uma ATM e entram dois ‘farangs’ (estrangeiros) perdidos que estavam connosco até à fronteira mas que agora aparecem aqui vindos de uma direcção oposta.
Nem quero saber... vou chegar muito mais tarde do que o previsto mas não vale a pena pensar nisso. Pior estão os que seguem directos para Phnom Phen ou Siem Reap.

Finalmente a chegada a Kratie, uma pequena cidade à margem do Mekong, e uma recepção divinal com um dos por-do-sol mais bonitos que já vi.
O primeiro motivo que me fez parar em Kratie foi para quebrar a longa viagem até Phnom Phen. Depois apercebi-me que até seria uma cidade interessante e a partir de onde podia ir em busca daquilo que eu mais queria encontrar no Camboja desta vez: a vida rural e as grandes planicies sarapintadas com arrozais, palmeiras, lagos ou rios. Algo que, na minha visita anterior, apenas tinha visto da janela dos autocarros.

Vindo da Tailandia e Laos, onde os rostos se vestem normalmente com um sorriso, chegar ao Camboja e deparar com a expressão séria dos Khmer pode ser um balde de água fria. Não faço ideia se será uma questão genética ou se marcas de uma história de sofrimento incomparável.
Não me importo, já os conheço, tenho-lhes imenso respeito pela sua história e sei também que, fora de Siem Reap e Phnom Phen, são de uma amabilidade e generosidade imensa.
Assim, nos dias que aqui estive, de bicicleta ou moto, fui em direcção às zonas rurais envolventes distribuindo “hellos” e sorrisos. Quase sempre obtive troco, timidos ou extrovertidos recebi muitos de volta e isso também a mim me reforçou um rasgado sorriso.
Aliás, o contrário também acontece e as crianças não perdoam, ainda eu não as vi e já ouço “hello, hello”, respondo prontamente e procuro os braços que acenam no ar.


Num dos dias aluguei uma bicicleta e comecei por me dirigir para o sul de Kratie, cruzando aldeias e campos.
Ao atravessar um templo de um lado ao outro deparo-me com uma escola.
Não resistir a entrar pelo recreio dentro e os primeiros poucos olás e acenos ou apertos de mão foram-se multiplicando exponencialmente com o aparecimento de mais e mais miudos.
“Do you play football with me?”
“Sure” respondi eu e assim começou a divertida jogatina

Umas centenas de metros mais à frente atravesso os preparativos de um casamento. Enquanto espreito um dos membros da banda vem meter conversa acabando por ser convidado para voltar pela noitinha para comer, beber e dançar!

Segui viagem para a ilha Koh Trong, fica no meio do Mekong, mesmo em frente a Kratie.
Meti a bici no barco que faz as travessias de um lado para o outro e lá fui eu.
Uma experiencia excelente. Koh Trong tem uma dimensão razoável e está quase parada no tempo. É quase um tubo de ensaio onde podemos ver a vida rural do Cambodia como ela é: aldeias, templos, arrozais e campos de outras culturas. Têm ainda grandes areais e uma aldeia flutuante de origem Vietnamita.
Pelo caminho conheci mais um grupo de Cambojanos a relaxar dos seus afazeres aos quais me juntei para conversa, petiscar e beber wisky de arroz.
Com muita pena minha tive de recusar o convite para ir comer cobra, algo que eu muito queria experimentar, pois não teria tempo de apanhar o último barco de volta.

No dia seguinte aluguei uma moto e segui para norte.
Paragem em Kampir onde apanhei um barco na tentativa de ver os raros golfinhos Irrawaddy que habitam no Mekong. E eles fizeram-se mostrar se bem que nunca muito próximos do barco.
Parei ainda no Monte Sombok no topo do qual, para além das vistas inspiradoras, existe um templo e um centro de meditação, em Sambor onde reside o templo dos 100 pilares e mais algumas aldeias à mistura com algumas interações com locais.

Dicas:
No site da iniciativa “Mekong Discovery Trail” encontram-se informações muito úteis e trajectos “do-it-yourself” de como explorar a área envolvente de Kratie.
Na ilha existem duas homestays para quem quiser pernoitar e ter uma experiencia mais próxima mas é necessário marcar antecipadamente. Diversas guesthouses em Kratie podem fazer a marcação.


segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Fotos de Shanghai e Tongli

Stay another day

“Stay another day” é um slogan que já vi algumas vezes associado a agências de turismo locais no sentido de promover algumas actividades “off the beaten track”, experiencias de valor acrescentado que não seriam os motivos que levaram os turistas a esses locais inicialmente.

 

Apesar de não ter alinhado em nenhuma dessas actividades posso dizer que tenho subscrito o lema diversas vezes.

Viajando sem plano e sentido sérias dificuldades em deixar alguns lugares por onde tenho passado já “stayed another day”...

... in Beijing

... in Hong Kong

... in Yangshuo

… in Fenghuang

… in Dali

… in Chiang Mai

… in Mae Hong Son

… in Udomxai

… in Nong Khiaw

… in Muang Ngoi

… in Luang Prabang

… in Bangkok

… in Pakse

… in Si Pan Don

E agora em Kratie!

 

Só não aconteceu em Vang Vieng, Vientiane e Ubon Ratchathani por já ter viagens marcadas ou compromissos assumidos.

 

O problema é que olho para o calendário e vejo as datas o tempo a passar a uma velocidade incrível e aquilo que à partida pareciam ser muitos meses na verdade não chegam para muito.

Mas esta viagem é para sentir os lugares e me envolver com eles e não chegar ao fim e pensar que apenas passei de raspão, como em ocasiões anteriores. Assim vale a pena viajar!

 

Where you go?

Já não me lembro a primeira vez que me fizeram a pergunta “where you go?” (ou “bpai nai?” na Tailandia, “bpai sai?” no Laos).

Acontecendo sobretudo em áreas mais rurais e quando geralmente ando à deriva sem destino certo, e sendo uma pergunta um tanto ou quanto pessoal, nas primeiras interpelações fiquei um pouco confuso, confesso, “que raio de pergunta”!

“Just walking around” respondia geralmente, suscitando-me a dúvida: “será que me queriam dizer que não devia ir por aqui”?

No entanto, comecei a reparar que é algo não pouco vulgar no este da Tailandia, sul do Laos e Cambodia. Parece ser apenas uma pergunta normal, quem sabe apenas uma forma de extender um simples olá.

Então agora, sempre que alguém passa por mim de mota ou bicicleta e me interpela com “hello” eu retribuo “hello, where do you go?”.

Um “ehh” e o olhar confuso que recebo não devem ser muito diferentes da minha reação anterior.